Volatilidade, preocupação de autoridades monetárias e prejuízos começaram a fazer parte do universo relacionado às criptomoedas nos últimos meses.
O primeiro ponto que chamou a atenção foi a variação de valores de uma das principais moedas, a bitcoin. No dia 5 de março, a cotação chegou a R$ 38.276. Exatamente um mês depois, os ativos valiam R$ 23.311. Uma queda de 39,1%.
Já a moeda dogecoin recuou de US$ 0,005475 para US$ 0,002720, uma queda de 50,32%. Em uma outra lista de cotações, a retração das 15 principais criptomoedas chegou em alguns casos a 35% nos últimos sete dias.
Essa variação forte acaba gerando preocupações para os investidores, já que as razões podem ser diversas. Em janeiro, as variações tiveram como motivo principal manifestações de integrantes da equipes econômicas de países asiáticos.
Na Coreia do Sul, o ministro da Economia, Kim Dong-yeon, chegou a cogitar o fechamento de alguns sistemas, alegando conter a “irracionalidade”. Já na China, o Banco Central passou a monitorar mais de perto as atividades sediadas no país. A principal preocupação dos chineses é a de mitigar os riscos desse tipo de comércio.
Ao mesmo tempo, a sinalização do exterior também teve efeitos no Brasil. Um dos sinais dessa tendência foi a recusa de instituições financeiras a abrir contas ligadas a corretoras de criptomoedas.
A disputa entre os dois lados chegou à Justiça e é possível imaginar que tribunais tenham que criar novas jurisprudências para solucionar os processos.
Outros questionamentos feitos por especialistas dizem respeito aos usos que as criptomoedas poderiam ter. Um exemplo frequentemente utilizado aponta para as dificuldades em se manter por longo período o investimento com boa lucratividade. Isso excluiria a possibilidade de usá-las como aposentadoria ou poupança.
Além disso, há um temor sobre lavagem de dinheiro e outras possíveis fraudes. Em entrevista recente ao jornal Valor Econômico, o presidente do Banco Central brasileiro, Ilan Goldfajn, afirmou estar preocupado com a formação de bolhas.
Na visão dele, a ausência de lastro pode oferecer riscos aos investidores. “Teve caso de gente nos Estados Unidos hipotecando a casa para investir. É um ativo de risco”, pontuou em fala registrada pelo periódico.
Se você ainda tem dúvidas sobre o impacto desse tipo de investimentos, entre em contato comigo pelo e-mail: contato@rogercorrea.com.br.
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