De acordo com pesquisa realizada pela revista Forbes, mais de 70% dos atletas mais bem pagos no mundo são de algum esporte americano (basquete, futebol americano ou baseball). Apesar disso ainda existe uma preocupação sobre o planejamento financeiro dos esportistas de lá e seu impacto ao longo e ao final de suas carreiras.
Em um artigo publicado no ano passado, a CNBC trouxe alguns aspectos sobre o quanto esse tema passou a fazer parte das preocupações de atletas, clubes e empresas ligadas ao esporte.
Segundo o levantamento, 60% dos jogadores da NBA estão quebrados após 5 anos de aposentadoria da liga e 78% dos jogadores da NFL passam por alguma dificuldade financeira depois do encerramento da carreira.
Esse aspecto se torna preocupante ainda mais em um cenário onde os ganhos contratuais dos atletas nunca foi tão grande. Ben Simmons, draftado pelo Philadelphia 76ers em 2016, assinou um contrato de US$ 6 milhões com a franquia. O valor é exatamente o dobro do obtido por David Robinson, o número 1 de 1987, selecionado pelo Cleveland Cavaliers.
O grande desafio para a maioria dos jogadores reside no fato de que os ganhos ficam concentrados em poucos anos de carreira, exigindo disciplina e controle nos gastos para que os valores conquistados sejam suficientes para muitos anos de aposentadoria.
Uma estratégia que pode ser adotada pelo atleta é a de ter o controle sobre o dinheiro desde o começo da carreira. Com as atenções divididas entre o desafio de provar sua qualidade em um ambiente novo e com o atendimento de necessidades proporcionado pela elevação da renda mensal, é comum que muitos esportistas deixem que as decisões do campo financeiro fiquem a cargo de empresários, amigos ou conselheiros, o que costuma ser o foco de problemas.
Preservar os recursos pode ser tão difícil quanto obtê-los. Exemplos de sucesso e patrimônios elevados, como o de Michael Jordan ou George Foreman, devem servir de inspiração, mas dificilmente se repetirão em grande escala.
Além disso, os atletas americanos também têm se mostrado mais atentos às questões das taxas. Taxas pequenas e desnecessárias podem ser facilmente ignoradas no momento do investimento, mas podem fazer uma grande diferença ao longo do tempo.
GERENCIAMENTO
O negócio de agências esportivas está crescendo à medida que os crescentes acordos de direitos de mídia continuam a despejar lucros em ligas esportivas profissionais, elevando os salários e fazendo com que contratos de atletas de sete dígitos sejam cada vez mais constantes.
O setor negociou US$ 45,7 bilhões em contratos de atletas profissionais, somando mais de US$ 2,35 bilhões em comissões, um aumento de quase 10% nos últimos anos.
Por sua vez, a lista da Forbes trouxe no seu Top 10 o boxeador Floyd Mayweather, com rendimentos de US$ 285 milhões em 2018, os jogadores de basquete Lebron James e Stephen Curry, com receitas de US$ 85,5 milhões e US$ 76,9 milhões, respectivamente, e ainda os atletas da NFL, Matt Ryan, do Atlanta Falcons, e Matthew Stafford, do Detroit Lions, ambos com salários e recursos obtidos acima dos US$ 50 milhões no ano passado.
Os exemplos de outros esportes reforçam ainda mais a importância de gerir e planejar o seu patrimônio.
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