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Foto do escritorRoger Correa

EUA x Brasil: economias apresentam momentos diversos

Atualizado: 15 de nov. de 2022



Imagine um presidente que tenha chegado ao poder de maneira polêmica. Que ao assumir o comando da nação mais poderosa do mundo tenha dado sequência aos seus planos, do mais básico ao mais polêmico. Assim podemos definir o governo de Donald Trump nos EUA.




Os números são expressivos. A taxa de desemprego caiu para 3,9% em abril, seu nível mais baixo em 17 anos, apesar da criação de empregos abaixo do esperado. A economia norte-americana criou 164 mil empregos, quando os analistas esperavam 190 mil.


A queda de dois décimos de ponto no desemprego, para o nível mais baixo desde dezembro de 2000, deve-se em parte a uma redução da participação dos desempregados no mercado de trabalho. 


Já o PIB (Produto Interno Bruto) registrou crescimento de de 2,3% no primeiro trimestre de 2018. A expansão foi incentivada, de acordo com o Departamento de Comércio do Estados Unidos por “contribuições positivas de investimentos, gastos com consumo pessoal, exportações, investimento em estoques privados, gastos do governo federal, estadual e local”.


As duas informações são uma mostra do sucesso que o governo Trump consegue, mesmo com toda a polêmica e contestações internas.


Além de tudo isso, o FMI (Fundo Monetário Internacional) elevou, em abril, a projeção de crescimento norte-americano a 2,9% – um avanço de 0,2 ponto em relação à previsão que a entidade financeira tinha divulgado em janeiro.


Para 2019, a entidade financeira previu um crescimento de 2,7% (um aumento de 0,2% sobre janeiro). Esse desempenho que a economia da terra do Tio Sam experimentará de forma contínua, porém, será ainda sofrerá processo de desaceleração até aproximadamente 2,3%.

De acordo com os especialistas do Fundo, a reforma fiscal adotada em dezembro de 2017, com seus cortes maciços de impostos às grandes empresas, produzirá 1,2 ponto de crescimento do PIB até 2020


CONFUSÃO: EUA X BRASIL

Enquanto a economia do Estados Unidos caminha a passos largos rumo a uma recuperação quase total, no Brasil, o quadro inspira cuidados.


Desde 2014, quando a crise começou, a economia brasileira viveu momento de intensa depressão. O impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) trouxe algum alento e o caminho parecia pavimentado para uma leve recuperação.


No entanto, em 2017, a delação dos sócios da JBS trouxeram pânico ao governo do presidente Michel Temer (MDB) e a retomada pareceu um pouco mais distante.


O quadro de indefinição acabou se estendendo e entramos neste ano ainda com expectativas de uma melhora nas condições do País.


Apesar disso, uma inesperada greve dos caminhoneiros praticamente levou o governo a nocaute e intensificou a confusão na economia brasileira.


A situação ainda é agravada por uma alta do dólar, que pode até mesmo causar uma reversão na tendência da queda de juros, observada desde o ano passado.


Para completar o cenário de indefinição temos uma eleição presidencial, que restando pouco mais de quatro meses para sua realização, ainda está completamente aberta e causará mais turbulência aos indicadores econômicos.

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