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Foto do escritorRoger Correa

Entenda os principais erros cometidos por grandes atletas

Atualizado: 24 de jan. de 2020

Gastança desenfreada, dívidas fiscais, negócios equivocados, golpes e falta de planejamento financeiro estão entre as principais causas da falência de jogadores de futebol.



Neste texto vamos trazer algumas experiências reais, que mostram casos onde um ou até mais fatores conjugados levaram atletas famosos a perderem todo o seu dinheiro.


Samuel Jefferies, em um texto publicado na página da consultoria inglesa Money Nest, acrescenta algumas ideias sobre o problema. “A maioria dos jogadores ganha em um ano o que muitos ganham em toda a vida e se aposentam poucos anos depois. É como se toda a sua vida financeira fosse comprimida no mesmo tempo que nos levou a se formar na universidade”, destacou.


Essa pressão financeira e psicológica aumenta a possibilidade de decisões erradas que podem ser tomadas pelos jogadores.


Peguemos o exemplo de Diego Maradona. O maior jogador argentino de todos os tempos possivelmente encerrou a carreira com US$ 37 milhões em dívidas fiscais, além de todos os problemas extra-campo, como o envolvimento com as drogas.


O nível elevado de gastos também é um fator que tem forte impacto. É comum que tabloides ingleses noticiem noitadas de grandes atletas com contas em casas de shows que se aproximam dos milhares de libras.


Por sua vez, o francês Louis Saha, com passagens pelo Manchester United, Everton e seleção francesa, investiu 100 mil libras em um negócio duvidoso, que envolvia ações de um banco e um negócio em Marrocos, igualmente obscuros. A transação deu prejuízo, que consumiu até mesmo outras economias do atleta, hoje aposentado.


Já o ganês Souleyman Sané, que atuou em vários clubes da Alemanha, ganhou durante a carreira o equivalente hoje a 2 milhões de euros. O ex-jogador, em 2012 tinha uma renda mensal de 1,5 mil euros e atuava como técnico do DJK Wattenscheid. Segundo o atleta africano, um investimento equivocado também foi a origem da desordem financeira.


Além disso, é comum que os jogadores, principalmente os jovens sejam assediados por supostos “assessores financeiros”. Na ausência de familiaridade com investimentos, acabam sendo vítimas de golpes.


Sem falar nos casos em que os divórcios consomem mais da metade do patrimônio construído pelo atleta. Ray Parlour, ex-meia do Arsenal, desembolsou 440 mil libras quando se separou. O valor era equivalente a um terço de seus ganhos anuais e para completar a soma, o jogador hipotecou propriedades.


SUCESSO

Outro ponto que merece atenção nesse aspecto é o nível educacional do jogador de futebol. Um exemplo, diferente, é o do suíço Ramon Vega, que jogou no Tottenham e no Cagliari. Ele se formou, ainda jovem, em Bancos e Finanças, na faculdade. Quando pendurou as chuteiras, investiu o dinheiro em uma empresa de Asset Management e obteve muito sucesso.


Por fim, fica reforçada a ideia de que os jogadores olhem com atenção para suas finanças e que adotem um planejamento financeiro, como uma fórmula de sucesso.


Estruturar e pensar no futuro são pontos essenciais, principalmente porque após o fim da carreira, as finanças saudáveis permitirão que os jogadores vivam em situação confortável por muitos anos.

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