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Foto do escritorRoger Correa

Segurança: saiba o quanto a falta dela pode afetar o seu dinheiro

Homicídios, roubos e tiroteios são palavras que já foram incorporadas ao vocabulário dos brasileiros. A falta de segurança e o alto grau de violência começa a afetar além das relações sociais, também a economia.



Um sinal disso foi expresso pela seguradora Porto Seguro, que em seu balanço relativo ao ano de 2017, pontuou que o setor de seguros foi impactado pelo crime. “A demanda enfraquecida, o aumento da criminalidade em alguns estados, a forte queda na taxa de juros e o ambiente competitivo acirrado no seguro auto foram fatores desafiadores para a indústria de seguros”, comentou a empresa.


Os custos da violência também já foram mensurados pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). Em uma pesquisa divulgada no ano passado, a entidade destacou que o custo do crime e da violência, no Brasil, chega a 3,78% do PIB, o que corresponde a US$ 91 bilhões, em paridade de poder de compra equivalente a US$ 124,3 bilhões.


O levantamento do BID comparou a expansão do crime a uma epidemia. De acordo com os números, a região da América Latina abriga 9% da população mundial, porém registra um terço das vítimas de homicídios em nível global. “O Brasil é responsável por metade desses homicídios. Seis em cada dez assaltos envolvem violência e 90% dos assassinatos não são resolvidos. As prisões estão entre as mais abarrotadas do mundo.”


Por fim, a pesquisa mostra que o Brasil se destaca por seu alto gasto com segurança privada, o que pode ser entendido como indício do sentimento da população sobre o serviço de segurança prestado pelo governo. Em 2014, 48% do custo total da criminalidade recaiu sobre o gasto privado com segurança, sendo muito superior à média da América Latina e do Cone Sul (43% em ambos).

Alguns estudos analisam o elevado gasto privado com a segurança no Brasil. O país teria mais trabalhadores por 100 mil habitantes no setor de segurança empregados pelo setor privado do que pelo setor público, ao contrário dos países latinos.

Em uma publicação recente sobre logística, o jornal Valor Econômico trouxe dados ainda mais preocupantes. Segundo a revista, um estudo da Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) o roubo de cargas deu prejuízo de R$ 607,1 milhões em 2017, com mais de 10 mil ocorrências.


Esse tipo de crime gera um custo que acaba sendo agregado ao valor das mercadorias. Afinal, o transporte por meio de comboios, com escolta e até mesmo adoção de rotas alternativas aumentam os valores embutidos na cadeia logística.


O que fazer para melhorar a segurança?

O cenário atual acaba suscitando sentimentos diversos. Por um lado, percebe-se que o descaso das autoridades faz com que o problema se agrave e que nem mesmo uma intervenção federal (como a que ocorre no Rio de Janeiro) pareça ser uma solução plausível.

Ao mesmo tempo, o tema da segurança pública promete ser abordado ao longo da campanha eleitoral.


Outro ponto que poderia ser melhorado é o intercâmbio e o aproveitamento de experiências exitosas em outros países. Obrigatório citar os casos de Nova York, nos Estados Unidos e de Medellín, na Colômbia.


Entre todos os problemas do Brasil, a segurança, hoje, de longe, deve ser prioridade.

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