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Pandemia mudou profundamente o comportamento das empresas. Como isso afeta você?

Foto do escritor: Roger CorreaRoger Correa

Após 5 meses do início da pandemia do coronavírus o mundo começa a dar os primeiros sinais rumo a algum tipo de normalidade. Apesar de algumas respostas - como o prazo de aplicação da vacina - ainda não terem uma resposta definitiva, o fato é que a economia e o mundo dos negócios já projetam uma nova realidade para os próximos meses.

Neste texto quero falar com você sobre como esse cenário está desenhando e quais as oportunidades poderão surgir em diversos ramos de atuação.

VAREJO



Um dos setores que mais foi exigido em termos de inovações neste período foi o varejo. Isso por conta de mudanças profundas no comportamento do consumidor, que impedido de frequentar estabelecimentos, passou a fazer cada vez mais compras pela internet.

Esse deslocamento provocou o crescimento de diversas empresas que já eram muito fortes no e-commerce, como a Amazon, mas também possibilitou a entrada de empresas de diversos ramos de atividade.

Entre as companhias que passaram a ter um atendimento quase total em meios eletrônicos estão bares, restaurantes e até comerciantes de bijuterias.

Por sua vez, o varejo tradicional também já iniciou mudanças em suas estruturas físicas, visando justamente atender ao consumidor com mais segurança.

As tendências de mercado são várias e incluem um reforço no chamado auto-checkout, que ajuda permite ao consumidor não pegar filas, com caixas automatizados, permitindo o pagamento pelo celular.

Além disso, os varejistas também pensam em remodelar todo o conceito de lojas e estabelecimentos, tendo como princípio básico a limpeza e sensação de segurança sanitária.

Isso tende a modificar até mesmo o ambiente das lojas, com a predominância de projetos que privilegiem cores claras, vidros e decorações mais ligadas à natureza, além de oferecer totens de álcool gel e pias para lavagem de mãos.

Com a mudança em outro comportamento do consumidor, baseado no uso de máscaras e outros equipamentos de segurança, procedimentos normais como degustação de produtos e prova de roupas e calçados também tendem a ser deixadas de lado ou serem adaptadas.

GRANDES EMPRESAS


A pandemia também afetou os negócios de grandes companhias, que foram obrigadas a adotar novas estratégias para equilibrarem seus caixas.

Um exemplo disso foi a MRV, que lançou uma campanha de marketing baseada no conceito de permanência em casa e reforçou os principais canais digitais para permitir ao consumidor completar todas as etapas da compra (da escolha da propriedade ao registro dos documentos) de um imóvel de forma online.

Isso ajudou a empresa a registrar alta de 28% nas vendas, mesmo com fechamento de stands de vendas provocado por medidas de contenção da epidemia de coronavírus.

Já as empresas de telefonia também direcionaram 100% do seu atendimento para os canais online, além de terem liberado canais da TV por assinatura, bônus de internet e isenção de franquia para acessar os aplicativos oficiais do Governo e autoridades sanitárias.

A Magazine Luiza, por sua vez, lançou uma plataforma digital de vendas voltada para autônomos, micro e pequenos varejistas. A ferramenta oferece a esses comerciantes o acesso aos 20 milhões de clientes do Magazine Luiza.

APLICATIVOS


A crise afetou diretamente o caixa de empresas que usam a tecnologia para o transporte de passageiros, como a Uber e a 99. No caso da primeira, a redução drástica no número de viagens provocou a demissão de 7,2 mil funcionários ao redor do mundo.

Por outro lado, a integração de outros tipos de serviços foi a saída encontrada por muitas dessas empresas. A 99 lançou o 99 Food, funcionalidade que também permite a entrega de comida.

Outros apps como Rappi e iFood expandiram seu atendimento para a entrega de compras em supermercados. A Uber, que adquiriu a Cornershop em 2019, implementou a integração dos dois sistemas e também tem atuado nesse ramo.

Somente em abril deste ano, as compras feitas por meio de aplicativos cresceram 30%, no Brasil, de acordo com levantamento do Instituto Locomotiva.

A alta foi significativa em dois grupos populacionais: o de pessoas com mais de 50 anos de idade e o das classes C, D e E, que, somadas, representam mais da metade dos consumidores do país.

Quase metade (49%) das pessoas abordadas pelo instituto declarou que pretende ampliar as compras por aplicativos, após o fim do isolamento social. Além disso, cerca de um terço (32%) pontuou que planeja reduzir as idas a lojas físicas.

A pesquisa mostra que a mudança de padrão no consumo também se refere aos produtos colocados nos carrinhos. Enquanto 39% dos entrevistados disseram estar comprando mais alimentos, 53% afirmaram ter diminuído a aquisição de itens de lojas de departamento.

Uma parcela das pessoas consultadas pelo instituto passou, inclusive, a lançar mão de plataformas online para obter produtos básicos, como alimentos, os de higiene pessoal e de limpeza.

IMÓVEIS


O setor de Fundos Imobiliários (FII) deve passar por mudanças bastante significativas, principalmente na área corporativa.

Com a adoção do home office, a tendência é que muitas empresas reduzam seus espaços alugados ou até mesmo fechem partes de suas operações, afetando diretamente todo o setor.

A redução dos custos também faz parte desse panorama e pode pressionar ainda mais os lançamentos e empreendimento existentes.

Entretanto, para diversas fontes do setor, com o redução das restrições das atividades empresariais e comerciais, é possível que muitas empresas mantenham suas instalações atuais, principalmente em função de projetos que demandam acompanhamento mais estratégico.

Por fim, os investidores também devem ter no radar o comportamento dos Fundos Imobiliários. Isso porque boa parte das projeções de crescimento do setor foram revisadas para baixo.

Se no começo do ano a perspectiva era de expansão no número de lajes corporativas, essa ideia se reverteu em pedidos de desconto em aluguéis e até desocupação mais acentuada.

Já os galpões comerciais podem se manter como uma opção de FII, já que o incremento do e-commerce pode fazer com que novas operações sejam abertas e ocupem espaços atualmente vazios.

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